domingo, dezembro 09, 2007

O nome da rosa

"Mas então vivemos num lugar esquecido por Deus", disse eu, desanimado.
"E encontraste porventura algum em que Deus ter-se-ia sentido à vontade?" perguntou-me Guilherme, olhando-me do alto de sua estatura.
Depois mandou-me ir descansar. Enquanto me deitava cheguei à conclusão de que meu pai não deveria ter-me mandado pelo mundo, que era mais complicado do queu pensava. Estava apredendo coisas demais.
"Salva me ab ore leonis", rezei, adormecendo.

(conversa entre Adso de Melk e Guilherme de Baskerville, por volta das três da tarde do segundo dia na abadia)

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Prato frio

Vim com o féretro corintiano de Porto Alegre até São Paulo. Embarcamos naquele clima de enterro - dirigentes chorando, torcedores cantando e chorando, uma desgraça. Quando estavamos todos sentados, toca um celular em altos brados: "Glória do desporto nacional, ó Internacional..." Mesmo que eu quisesse, meu engenho maligno não chegaria a tanto.

Marcadores:

sábado, dezembro 01, 2007

--------

Eu sou a sombra de um sonho
Que sonharam por mim e que persigo
Noite adentro e à luz do dia
Sonho moldura que tira o sono
Pesadelo de mim mesmo
Espelho reverso