Belo Monte - Belém
Numa manhã de inverno eu andava pelas ruas de Belém do Pará. Encontrei um grafitti com uma imagem de um sujeito de gravata segurando um índio pelo cabelo. O índio está em lágrimas. Ao olhar melhor vi que ao lado deles havia uma criatura de máscara se defendendo da poluição. Olhei para cima e dei cara com outdoor.
Atravessei a rua notei o conjunto da obra. O artista protesta contra Belo Monte e o slogan publicitário parece apresentar o argumento a favor: "Há 15 anos pensando e construindo o futuro."
Algumas horas depois, conversando com professores sobre métodos de ensino, fui questionado por uma professora de história: "Como apresentar Belo Monte para os alunos sem tomar partido? Cada narrativa tem um ponto de vista e revela seu autor..." Eu prontamente lhe mostrei as fotos e disse que eu abriria o debate com as fotos e suscitaria interpretações inicialmente sobre o grafitti, depois sobre o outdoor e por fim sobre o conjunto da obra.
Algumas horas depois, conversando com professores sobre métodos de ensino, fui questionado por uma professora de história: "Como apresentar Belo Monte para os alunos sem tomar partido? Cada narrativa tem um ponto de vista e revela seu autor..." Eu prontamente lhe mostrei as fotos e disse que eu abriria o debate com as fotos e suscitaria interpretações inicialmente sobre o grafitti, depois sobre o outdoor e por fim sobre o conjunto da obra.
No final da noite me dei conta do óbvio! O texto do caso sobre Belo Monte pode ser montado com um mosaico de narrativas conflitantes... Mas aí já era tarde e meu voo já tinha decolado de volta ao sul.
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