Coluna (In)Verte(bral)
Há dois dias o Tribunal Superior Eleitoral, em resposta a uma consulta, afirmou que a verticalização das coligações era válida para as Eleições de 2006, esclarecendo que os partidos coligados nacionalmente deveriam manter as alianças no âmbito estadual e que os partidos que não tivessem coligação nacional só poderiam coligar-se, nos estados, com outros que não tivessem.
Essa decisão, com todos os prós e contras, exigiria que os partidos políticos demonstrassem uma coerência nunca vista. Eles teriam que formar alianças a partir de afinidades programáticas e não simplesmente por oportunismo eleitoral. O PMDB, por exemplo, até poderia ser novamente chamado de 'partido' pois teria alguma espinha dorsal que o estruturasse.
Ouvindo os clamores e apelos, o Ministro Marco Aurélio reconsidera e ainda pede desculpas; inverte a decisão deixando que siglas sejam facilmente partidas como moluscos invertebrados. O próprio TSE mostrou sua flexibilidade.
Nossos pragmáticos de plantão dizem: "Para quê coerência? O importante é chegar no (manter o) poder!".
(Pra não dizer que não falei de política no mês da Copa.)
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