domingo, setembro 04, 2005

Os corvos - Literaturnost


Uma vez, à meia-noite
Enquanto eu lia, lentamente, obras de obscuro autor
Ouvi um farfalhar vindo dos livros, abafado, ao meu redor
Olhei em cada estante e encontrei, dentre eles, o maior

Era um livro com quadros
De artistas conhecidos, uns antigos outros novos,
Que eu folheava sem pressa a ouvir o farfalhar
E de todos o mais ruidoso era Os Corvos de Van Gogh

Perguntei-lhes se algum dia retornaria aos meus iguais
E mil corvos responderam, revoando os trigais
Que eu perdesse a esperança
Reencontros nunca mais

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